31 Ago 2015 | HRS

Indústria Paulista deve fechar ano com desempenho negativo


 

O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) apresentou levantamento nada animador para o setor industrial. De acordo com a projeção das entidades, a atividade da indústria paulista - conjunto de variáveis como horas trabalhadas na produção, total de vendas e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) - deve encerrar 2015 com uma queda de 5,8%.

A pesquisa foi feita em todo o Estado de São Paulo e reflete a trajetória de queda que a indústria tem percorrido nos últimos anos. De acordo com o diretor titular regional da Fiesp, Robson Martuchi, o panorama da indústria hoje é triste e não demonstra sinais de recuperação. “Não estamos falando mais de uma pequena redução. São indústrias, empresas e setores que vão inviabilizando-se na sua continuidade”, explica.

Para Martuchi, o país vive a mais longa recessão desde a década de 1980. O Depecon projeta uma queda de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, e com viés de baixa. Anteriormente, o departamento estimava um recuo de 1,7% do PIB.

“A economia está em recessão, mas existe um grupo que estuda o tema e que chegou à conclusão que ela está em recessão desde o segundo trimestre de 2014, ou seja, é longa e vai prosseguir até o final de 2015. Essa é a mais longa recessão que tivemos desde a década de 1980”, avalia.

Setores

O Departamento de Economia informou ainda que 14 dos 20 setores pesquisados registraram piora em sua atividade no mês.

Entre as perdas, destaque para a indústria de máquinas e equipamentos, que caiu 3,4% em julho versus junho, em meio a perdas de 8,8% na variável Total de Vendas Reais e da queda de 2,2% das Horas Trabalhadas na Produção.

O setor de borracha e plástico também registrou queda expressiva em julho, de 1,3%, influenciado por perdas de 1,5% no Total de Vendas Reais e de 0,4% em Horas Trabalhadas na Produção.

Na contramão, a indústria de papel e celulose registrou alta de 2,2% da atividade em julho versus o mês anterior. A variável Total de Vendas Reais puxou o índice para cima, com aumento de 3,2% no mês, enquanto o componente Horas Trabalhadas na Produção subiu 0,1%.

 

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