15 Fev 2019 | HRS

Recuperação de crédito de pessoas físicas vai melhor que o das PJs, aponta estudo


Um artigo publicado no site da Boa Vista SCPC, parceira da Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACE), indica sinais de melhora na recuperação de crédito no país. Segundo os autores, Flavio Calife e Mariana Carvalhaes, “o cenário de crédito segue apresentando sinais que reforçam que a pior parte da crise econômica já ficou para trás”, se referindo aos sinais estatísticos observados nos últimos meses.

Segundo eles, considerando os diferentes segmentos, a melhora tem sido puxada especialmente pelas pessoas físicas. Em termos comparativos, enquanto a inadimplência para os consumidores manteve-se estável e com leve tendência de queda durante os últimos dois anos, para as empresas, esse movimento tem sido altista na maior parte do tempo.

No artigo, os autores exemplificam que, “em termos numéricos, considerando um prazo mais longo, a inadimplência das pessoas físicas com recursos livres passou de 7,20% em maio de 2012, para 5,75% em agosto de 2017. No mesmo período, a inadimplência para as pessoas jurídicas passou de 3,61% para 5,47%, chegando a superar a inadimplência PF em maio de 2017 – evento que ocorreu pela primeira vez na série histórica destes indicadores”, destacam.

Outras observação interessante, é que nem sempre é possível observar as nuances do mercado de crédito para as pessoas jurídicas, especialmente no que se refere às diferenças entre os portes das empresas. Entretanto, conforme publicado pelo Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do Banco Central do Brasil, há uma diferença notável quando considerado o tamanho das empresas: enquanto a inadimplência total PJ seguiu entre 3,0% e 4,0%, as empresas de pequeno e médio porte (EPMs) permaneceram com maiores níveis do que as empresas de grande porte, conforme observados os dados históricos.

O presidente da ACE Ourinhos, Diógenes Corrêa Leite, avalia com entusiasmo esse movimento positivo na recuperação do crédito das pessoas físicas pois ele reflete diretamente na recuperação das PJs. “Quando as pessoas físicas alcançam seu equilíbrio financeiro, retomam a normalidade do consumo e com isso o comércio se beneficia dessa onda positiva”, avalia Diógenes.

 

 

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