04 Mai 2020 | HRS

: Comércio de Ourinhos poderia ter aberto dia 1º de maio, segundo FACESP


Título: Comércio de Ourinhos poderia ter aberto dia 1º de maio, segundo FACESP Linha fina: Presidente da ACE Ourinhos, Robson Martuchi afirma que vivemos uma crise histórica no setor e que as perdas estão se acumulando dia a dia.

 

 

O movimento do comércio em período de isolamento horizontal caiu 20,1% em todo território brasileiro de acordo com a Boa Vista. Em Ourinhos e região, o presidente da Associação Comercial e Empresarial, Robson Martuchi afirma que vivemos uma crise no setor histórica e que as perdas estão se acumulando dia a dia.

O levantamento – que é elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista, por empresas do setor varejista – relata a média feita especialmente para observar os 30 dias dos efeitos da quarentena imposta para combater a Covid-19.

Eles mostram que o movimento do comércio cedeu 20,1% no primeiro mês das restrições (17 de março até o dia 15 de abril), na comparação com os 30 dias imediatamente anteriores (16 de fevereiro a 16 de março). O último levantamento mensal do indicador, já havia apontado queda de 5,1% em março na variação contra o mês de fevereiro, feitos os ajustes sazonais.

Para minimizar os prejuízos no setor, há mais de uma semana tramita na Justiça do Estado de São Paulo um mandado de segurança impetrado pela Associação, solicitando a reabertura gradual do comércio de Ourinhos. Para o presidente da entidade, o engenheiro de Produção Robson Luís Martuchi, as estatísticas da COVID-19 no município demonstram que a realidade é diferente de outras localidades do país, justificando o pedido de reabertura do comércio.

“Os prejuízos só estão se acumulando. O dia das mães está cada vez mais próximo e o setor sofre com ações excessivas. Nossos indicadores são baixos, temos aproximadamente 200 leitos hospitalares disponíveis entre o complexo da Santa Casa e Unimed, sendo 30 leitos de UTI. Temos todos os dias muitas altas médicas e muitos casos descartados. Apoiamos todos os cuidados preventivos recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e Ministério da Saúde mas estamos defendendo a economia e a manutenção dos empregos. Queremos o isolamento vertical, com todos os grupos de risco em casa e pessoas saudáveis no trabalho, obedecendo a todos os cuidados amplamente divulgados”, disse o presidente da ACE.

 

De acordo com o plano de retomada das atividades da FACESP (Federação das Associações  Comerciais do Estado de São Paulo) estamos na região administrativa de Marília que abrange 22 municípios, área em situação verde (menos crítica). Na proposta, zonas verdes teriam a reabertura do comércio no dia 1º de maio pois possuem baixo número de casos, baixa ocupação de leitos de UTI, testes disponíveis para sintomáticos e suspeitos e protocolos setoriais implementados.

“Acredito que a retomada proposta pela FACESP seja a melhor solução para Ourinhos e região, pois tem uma abordagem setorial, faseamento iniciando as atividades pelos setores de menor risco de contaminação.”, finalizou Martuchi.

 

Setores

 

Na análise parcial, o segmento de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou queda de 56,2% após já ter recuado 13,5% em março, descontados os efeitos sazonais. Sendo o segmento mais afetado pelas medidas de isolamento no período.

A atividade de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” foi a única que evitou perdas mais significantes, caindo apenas 0,5% no levantamento parcial.

Já a categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” recuou 7,8% no período, após também ter apresentado retração no último levantamento divulgado (-1,1%).

Por fim, o segmento de “Combustíveis e Lubrificantes” apresentou retração de 9,9% no período de quarentena. No levantamento de março o indicador já havia recuado 6,7%.

 

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