08 Mar 2023 | 16:41HRS

Crescimento de e-commerce desacelera, mas pode representar cerca de 20% do varejo restrito até 2025


A parceria da Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACE), Boa Vista, levantou em pesquisa recente através da área de Indicadores e Estudos Econômicos que a evolução dos e-commerces no Brasil desacelerou no ano de 2022. 

 

Nos anos de pandemia, os números cresceram fortemente devido ao isolamento/distanciamento social que forçaram as empresas a se adaptarem a esse modelo de negócio.  Em 2019, o e-commerce representava cerca de 5,8% do varejo restrito acumulado em 12 meses, apurado pelo IBGE, e em 2020 essa parcela subiu para 9,6%.

 

Porém desde então, a representatividade do e-commerce em relação ao varejo restrito continua crescendo, mas em um ritmo consideravelmente menor. "Isso não é uma surpresa para nós. Sempre destacamos a concorrência da internet como um diferencial que veio pra ficar, porém o varejo local tem muito a oferecer ao cliente e pode sim ser competitivo em relação a preços e principalmente, atendimento exclusivo, condições especiais, entrega na hora, devolução, garantia, entre outros tantos benefícios", destacou o presidente da ACE, Robson Martuchi. 

 

Um outro “entrave” ao desenvolvimento do e-commerce, os altos investimentos em infraestrutura tecnológica e logística que são necessários para integrar todos os elos desse negócio.

 

Vale ressaltar que, grandes varejistas, cientes de que esse investimento é alto, até oferecem serviços aos médios e pequenos negócios para que usufruam de suas estruturas, por vezes, já consolidadas, e se aproveitem disso [do varejo online] que é uma tendência já há algum tempo.

 

“A perda de ritmo já era esperada, mas o crescimento do e-commerce ainda é robusto. Mais do que isso, é importante saber o potencial desse negócio. Alguns estudos, de outras empresas e consultorias, avaliavam que o e-commerce poderia vir a representar cerca de 20% do varejo restrito até 2025, mas este não seria, necessariamente, um limite para o varejo online no Brasil, explicou Flávio Calife, economista da Boa Vista.

 

"Os negócios que conseguiram implementar processos de entrega, atendimento online e melhoraram seus atendimentos através do seu site, redes sociais, hoje, podem usufruir disso e vender no local e também a nível Brasil, mundo. Sabemos a força da internet, mas um bom atendimento sempre será muito respeitado e optado pelos consumidores, Quem ainda está fora da internet, precisa repensar e adicionar essa estratégia ao seu modelo de negócio", finalizou Robson Martuchi. 

 

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