05 Mai 2018 | HRS

ACE e SEBRAE propõem revitalização do comércio de Ourinhos


É fato. Toda vez que abre um shopping center numa cidade, invariavelmente o comércio de rua recente, desencadeando em efeito cascata uma série de consequências que acabam refletindo em toda a economia do município. No paralelo, a internet se firma a cada dia como o lugar onde se compra e se vende de tudo. “Por que achar que essa realidade não vai afetar também o comércio de rua?”, disparou um dos empresários presentes.
Essas duas perspectivas reais e muito próximas motivaram ACE Ourinhos e Sebrae a promoverem um grupo de discussão e trabalho cujas deliberações deverão redundar em ações práticas que objetivem tanto a convivência com esses novos players de mercado quanto a geração de novas oportunidades.
Na quinta-feira, 3, ACE e Sebrae convidaram cerca de 150 empresários para um bate-papo inicial onde foram levantadas várias questões que poderão embasar algumas ideias inovadoras, como a de revitalizar o centro comercial de Ourinhos a partir da criação de alamedas atrativas ao público, como um verdadeiro shopping center a céu aberto. “Temos que ter união e foco para buscarmos alternativas aos desafios dos novos tempos”, ponderou Robson Martuchi, diretor da ACE.
Dos 150 convidados, 50 confirmaram presença e 25 compareceram. “O empresário precisa participar quando o assunto é a defesa de seus interesses”, disse Dirceu Moreira, gerente da ACE, avaliando que a presença de lojistas poderia ter sido mais expressiva. O encontro contou com explanação do gerente do Sebrae Ourinhos, Thiago Bueno Ferraz, que levantou várias questões relativas ao sucesso e ao insucesso no comércio.
Alexandre Mariani, vice-presidente da ACE, destacou que esse foi apenas o primeiro de uma série de encontros com o mesmo objetivo: fortalecer o comércio de rua da cidade. Mariani defende que incrementos ao comércio, como a instalação de novos centros de compra, são positivos para a cidade como um todo. “Precisamos olhar de forma positiva para as novas situações que surgem e buscar soluções coletivas com comprometimento das partes interessadas”, disse.
O gerente do Sebrae apresentou um case nacional que é a rua Vidal Ramos, em Florianópolis, que sofreu intervenção urbanística por meio de parceria entre os lojistas, poder público e entidades de fomento, como Sebrae e associação empresarial local. O projeto envolveu também padronização do layout externo das lojas, investimento nas instalações internas e treinamento com foco no atendimento de excelência. “É preciso planejamento para qualquer projeto, com planejamento tudo é possível de ser feito”, sentenciou Alexandre Mariani.
Os lojistas presentes colocaram problemas que enfrentam, como a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada na cidade. Consultores presentes alertaram para a importância de que diretores e gerentes das empresas também participem dos cursos e reciclagens, no sentido de que a busca pela qualidade venha de cima para baixo.
O próximo encontro será agendado para a segunda quinzena de maio em data ainda a ser definida pelas duas entidades. A proposta é que nessa ocasião já se comecem a ser esboçados os primeiros passos do projeto.


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