19 Out 2015 | HRS

Brasileiros terão pago mais de 2 trilhões em impostos no final de 2015


Nesta segunda-feira, 19, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) chegou a R$ 1,6 trilhão. Esse é o valor dos impostos, taxas e contribuições pagas pelos brasileiros desde janeiro. Mesmo em um ano de crise na economia, a arrecadação registrada pelo painel é maior do quer no ano passado, quando igual valor só foi alcançado em 6 de novembro.

A evolução é explicada pelo aumento da alíquota de alguns impostos e pelo fim de desonerações, entre outras medidas adotadas pelo governo em seu ajuste fiscal.

Para citar alguns exemplos, o Pis/Cofins sobre combustíveis aumentou, a Cide combustível foi retomada, a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi elevada e as desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como os de automóveis e de linha branca, foram anuladas.

A Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – é uma das entidades empresariais que vem atuando fortemente para combater a altíssima carga tributária no país. Em outubro, lançou sua mais recente campanha intitulada "Não Vou Pagar o Pato", tentando impedir o novo ajuste fiscal proposto pelo governo com base na elevação da carga tributária.

De acordo com o diretor titular regional da Fiesp em Ourinhos, Robson Martuchi, se houvesse o devido controle das contas públicas, os brasileiros não precisariam arcar com o peso de tantos tributos que desaceleram a economia. "Se o governo tivesse controlado as contas, nada disso estaria acontecendo, não podemos ‘pagar o pato’ por displicência dos governantes. Apoiamos uma reestruturação fiscal, desde que ela controle os gastos internos e não onere ainda mais a população que trava uma luta diária para manter o orçamento doméstico em dia” disse Martuchi.

A previsão é de a arrecadação tributária ao final de 2015 se aproxime de R$ 2,07 trilhões, o que representará crescimento nominal de 5,8% em relação ao obtido no ano passado segundo projeções do IBPT. 

 

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