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Fiesp divulga estudo sobre a Amazônia

Com o objetivo de qualificar a informação sobre a Amazônia e integrar o debate público, a Fiesp criou um Comitê Extraordinário, que resultou no estudo “Amazônia, você precisa saber”, baseada em dados públicos oficiais e de diversas fontes primárias de informação, como institutos de pesquisas e governamentais.

Anunciado pelo presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, o estudo aponta que o Brasil cumpre todos os acordos internacionais e está adiantado em alguns deles, como, por exemplo, no de Copenhague. A Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACEO) apoia a divulgação do estudo para que a população tenha acesso à dados corretos e atualizados sobre o assunto e para que grandes grupos possam transmitir informações assertivas para o exterior. 

O Brasil tem o maior ativo ambiental e a maior floresta tropical restante do planeta. A Amazônia Legal inclui nove Estados brasileiros (Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão) e três biomas (Amazônia e partes do Cerrado e do Pantanal), ocupando 61% do território nacional. E a área onde se encontra a Floresta Amazônica constitui 49% do Brasil (4,2 milhões de km2), sendo que 84% do bioma amazônia estão recobertos com vegetação nativa, segundo a Embrapa Territorial, o que equivale a uma área superior a de 15 países europeus reunidos.

Nesses 49% se encontram unidades de conservação (UCs), áreas indígenas e militares, intocáveis. Na outra metade, 25% se encontram em áreas não cadastradas e 26% estão em propriedades privadas, sendo que essas propriedades tem por obrigação preservar 80% de sua área, conforme estabelece o Código Florestal, considerado um dos mais avançados do mundo.

O trabalho elaborado pela Fiesp mostrou que as queimadas e o desmatamento têm dinâmicas distintas. As queimadas são históricas e apresentam picos em função do regime de chuvas e do clima e podem estar associadas a causas naturais ou humanas. Elas ocorrem no bioma cerrado e muito pouco no bioma amazônia por conta da umidade da mata, e ainda são registradas em ambientes de transição e áreas já abertas. É importante lembrar que o bioma amazônia não é homogêneo e contém áreas de cerrado. 

De acordo com  as pesquisas, o desmatamento apresenta queda relevante ao longo dos últimos 15 anos e, nesse período, houve anos com mais focos de queimadas e outros com menos, ou seja, não é possível estabelecer uma relação direta de causa e efeito.

A conclusão do estudo indica que, embora o desmatamento esteja dentro da média histórica dos últimos 20 anos e um pouco acima da média dos últimos 10 anos, a meta pactuada no Acordo de Copenhague [em 2009] para 2020 deve ser cumprida, além de se somar a um esforço adicional. A meta estabelecida de redução de 80% [ano-base 2004] se encontra no patamar de 73%. Quanto às emissões de CO2, há a obrigatoriedade de redução na casa de 1,24 gigatonelada e já foram contabilizadas 2,28 gigas (quase o dobro).

Em relação ao Acordo de Paris, os índices são promissores e alguns deles foram ultrapassados, sendo que o Brasil tem uma matriz energética que conta com 45% de fontes renováveis, a mais limpa e diversificada do planeta, enquanto o mundo contabiliza 14% e os países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 10%. O Brasil também é líder global em conservação de florestas tropicais.

Para o diretor regional da Fiesp e diretor financeiro da ACE Ourinhos, Robson Martuchi, é essencial difundirmos o que é a realidade brasileira. “Nenhum país tem reservas como as nossas. Os dados corretos precisam ser divulgados, pois eles impactam a nação brasileira, bem como sua economia e importação”, conclui.

O estudo “Amazônia, você precisa saber”, pode ser acessado através do site:

www.fiesp.com.br/amazoniavoceprecisasaber/


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